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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Um paragrafo sobre minha doença de estimação

Ando tão assim, sei lá? 
Não é falta de felicidade, não me lembro de fase da minha vida mais feliz, pelo menos no amor, estou muito bem obrigada. Mas sinto falta de mim, de tempo, de... Falta algo. Sempre que comento isso com o Nenzim, vez ou outra vem a frase "Isso deve ser coisa da sua Endometriose". Fico pensando, será? É fato que uma vez por mês, ela me visita severamente. Fisicamente e emocionalmente fico abalada. Nos dois últimos meses as dores físicas foram amenizadas pelo Gestinol 28, tive que escolher entre Allurene e a esperança de engravidar e/ou ficar careca, vamos apostar no Gestinol que alivia as dores da doença  e não me causa tanto efeitos colaterais.
Uma coisa eu sei, Endometriose pode não matar, mas maltrata. 


Essa música é um resumo subjetivo dos meus sentimentos!
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer

Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

Oh, sim!
Eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito
Mais em você
Eu não preciso
De muito dinheiro
Graças a Deus!
Mas vou tomar
Aquele velho navio
Aquele velho navio!

Flor da Pele

Zeca Baleiro

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