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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Essa é para os amigos advogados


Perguntas que fazem gritar rs

01. Qual a capital do estado civil?
02. Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial ?
03. Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime?
04. Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?
05. Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito?
06. Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual?
07. Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo regime parcial?
08. Tem algum direito a mulher em trabalho de parto sem carteira assinada?
09. A gravidez da prostituta, no exercício de suas funções profissionais, caracteriza acidente de trabalho? (Essa até eu fiquei na dúvida...)
10. Seria patrocínio o assassinato de um patrão?
11. Cabe relaxamento de prisão nos casos de prisão de ventre?
12. A marcha processual tem câmbio manual ou automático?
13. Provocar o Judiciário é xingar o juiz?
14. Se um motel funciona somente das 8 às 18 horas, podemos dizer que ali só ocorrem transações comerciais?
15. Para tiro à queima-roupa é preciso que a vítima esteja vestida?
Via email

terça-feira, 19 de abril de 2011

Carta do Seu Zé Agricultor

Me emocionei com o texto abaixo, porque a agricultura familiar é quem abastece a mesa de nós brasileiros, mas essa classe é pouca valorizada e até menosprezada. Mesmo detendo uma parcela pequena das terras no Brasil, o arroz, o feijão presente nas nossas mesas todos os dias vem dela, ou nós temos os costume de comer soja ou eucalipto? Gostaria de dizer muito obrigada a todos e todas os Zés e Marias da nossa agricultora familiar, que mesmo vendendo sua produção por micharias a certos atravessadores, continuam no campo, meu medo era que com todas essas políticas públicas voltada ao campo fizesse que os filhos desses, já vítimas de preconceitos, repudiassem suas origens, mas hoje acredito que podemos alcançar uma valorização desses homens e mulheres que nos dão de comer todos os dias!

Foi só um desabafo!!! vejam o texto abaixo

A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto,engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambientalempresário e diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89,
detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.
 
Prezado Luis,
Quanto tempo; né?.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava. Lembra; né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada, o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra; né, Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade, que nem vocês. Não que seja ruim o sítio; aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. Tô vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter, porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha; mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou, deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, e falaram que, se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas, tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo. Mas as vacas daqui não sabem os dias da semana e, aí, não param de fazer leite. Os bichos daí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama; só comprando outra, né Luis? O candeeiro, eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele.
Bom, Luis; tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas avisei pra ele que ele estava muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Foi o que eu pensei, mas eu acho que me enganei. É que, semana passada, me disseram que ele foi preso na cidade, porque botou um chocolate no bolso, tirado da prateleira de um supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele, e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia. Aí, eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia; isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava; hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros . Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô, Luis, aí, quando vocês sujam o rio, também pagam multa grande; né?
Agora, pela água do meu poço, eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, porque, quando vou na capital, nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vir fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo. Aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor, porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado, Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que, se eu for multado, eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade. Aí tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo; vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom, porque, com vocês, e só abrir a geladeira, que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca; é só abrir a geladeira, que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais, Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Enviada por Pâmela Gallas 
BucheTecnóloga Ambiental.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Conselho aos PIAUIENSES


Quando falarem que o Piauí fica onde o vento faz a curva, diga que por isso nós temos as melhores condições para a prática de esportes à vela e para a geração de energia eólica do Brasil em nosso belo litoral.



Quando falarem que o Piauí é quente, diga que aqui o sol brilha mais, somos filhos do sol do equador, por isso temos luminosidade e calor ideais para a produção da rica fruticultura tropical.


Quando falarem que o Piauí é seco, diga que nós fomos abençoados com uma das maiores reservas de águas subterrâneas do mundo; que temos o maior rio genuinamente nordestino _ o Rio Parnaíba, além de inúmeras barragens e lagoas que podem receber projetos de irrigação, piscicultura e lazer.


Quando falarem que no Piauí não tem petróleo, diga que nós já estamos na era da energia renovável, que fomos pioneiros no biodiesel a partir da plantação de mamona e temos potencial para ser um dos maiores produtores de combustíveis verdes do país.

Quando falarem que o litoral do Piauí é o menor do Brasil, diga que nós temos o único delta em mar aberto das Américas e praias paradisíacas, com águas quentes e sem poluição.

Quando falarem que o piauiense é um povo primitivo, encha o peito de orgulho e diga que nós somos o berço do homem americano cujas origens repousam nos sítios arqueológico da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato.


Quando falarem que a economia piauiense é pobre, diga que apesar da baixa renda per capita, nós somos tão ricos em oportunidades que o nosso crescimento está acima da média nacional.

Quando falarem que o Piauí tem problemas de saúde, diga que todos tem, mas a nossa medicina é referência para o norte-nordeste pela qualidade dos nossos médicos, pelo fácil acesso ao nosso pólo de saúde e que por isso brasileiros de diversas regiões do país vêm se tratar em nossa terra. E que aqui o tratamento começa com a nossa maneira de acolher e receber bem as pessoas.
Quando falarem que o povo do Piauí não tem conhecimento, diga que nós temos a melhor escola de ensino médio do Brasil _ o Instituto Dom Barreto e uma bem estruturada rede de ensino público e privado, onde inclusive, pode-se aprender melhor sobre o nosso estado, o Brasil e o mundo e, nem por isso são cobradas as mensalidades mais caras do país.

Quando falarem que o Piauí é improdutivo, diga que nós somos recordista nacional em produtividade de grãos; maior produtor brasileiro de cera de carnaúba, matéria-prima de larga aplicação industrial no mundo moderno; maior produtor nacional de mel de abelha (com a vantagem de que o nosso mel é de floração natural); que temos um dos maiores e melhores rebanhos caprinos do Brasil e tantas outras coisas que só conhecendo...

Aproveito para reforçar o convite para conhecer o nosso Estado, em especial a quente, bela e hospitaleira Teresina, capital da boa gente piauiense, também conhecida por ser  a capital do nordeste onde tem as mais belas mulheres, e proporcionalmente, a capital mais tranquila do Brasil.



 Rico artesanato piauiense

 


 
Grande Canion do Rio Poty


                                                                                                                 Pedras de Opala de Pedro II    

Enviado por email

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dar não é fazer amor...

Fotos para a formatura!
Recebi este poema de minha amiga linda, fofa, gotosinha Vanessa Soromo. Ela mora em Codó (MA) e nos conhecemos na faculdade de jornalismo. De cara, nos demos bem, detalhe, somos totalmente diferente uma da outra, ela é bem melhor que eu, claro, mesmo sendo um dilema pra Freud... mas sem detalhes.... Nós costumamos, quando a preguiça deixa, trocar e-mails contanto nossas aventuras diárias (que a maioria das vezes é trabalho, trabalho e trabalho) mas entre um trabalho e outro nós vivemos nossos dilemas sentimentais e nossos e-mails também são recheados deles, não vou entrar nos detalhes dos e-mails, porque são muiiiiito pessoais. Vanessa é minha confidente online, ela é um tipo de Diário, que além de escutar (ou neste caso ler) me responde... e eu adoro, porque ela sempre fala alguma coisa que me deixa feliz.  Nossos e-mails também são uma forma de nos mantermos perto,  eles não deixa que o tempo, a distância e o trabalho nos afaste, a exemplo de algumas amizades que se perderam ao longo dos anos... E eu nem sou besta de perder Vanessinha de vista, uma joia rara que Deus colocou no meu caminho para eu ver que nem sempre  sou a mais complicada do mundo kkk ( Pan má falando)


Quer conhecer Vanessa melhor? Acesse sua página na net, eu recomendo  http://vanessasoromo.zip.net

 
DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...

Luiz Fernando Veríssimo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Frases que jamais devem ser esquecidas!

1 -
'Deus não escolhe
pessoas capacitadas, Ele capacita os
escolhidos.'

2 -
'Um com Deus é
maioria.'

3 -
'Devemos orar
sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que
possamos ouvir a Deus.'

4-
'Nada está fora
do alcance da oração, exceto o que está fora
da vontade de Deus.'

5-
'O mais importante
não é encontrar a pessoa certa, e sim ser
a pessoa certa.'

6 -
'Moisés gastou:
40 anos pensando que era alguém; 40 anos
aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus
pode fazer com um NINGUÉM.'

7 -
'A fé ri das impossibilidades.'

8 -
'Não confunda
a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS.

9 -
'Não diga a DEUS
que você tem um grande problema. Mas diga
ao problema que você tem um grande DEUS.'

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O homem torna-se tudo ou nada, conforme a educação que recebe

 *Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'. 
 
Enviado por email

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Vovô e a Vovó


Quando você era bem pequeno...
 ...eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições...
 ... ensinando você a se vestir, amarrar os cada
os dos sapatos, fechar os botões da camisa..
 
Limpando-o quando você sujava suas fraldas lhe ensinando a lavar o rosto a se banhar a pentear seus cabelos...
  
...lhe ensinando valores humanos...

Por isso...
    
...quando eles ficarem velhos um dia...  
e seria bom que todos pudessem chegar até aí (não preciso explicar...não é?)  
...quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder...  
...não se chateie com eles...   
...quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato...  
 ...quando eles começarem a se sujar nas refeições...  
...quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo...  
...por favor, não os apresse...porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo... 
...basta sua presença... sua paciência... sua generosidade... sua retribuição...  
 ...para que os corações deles fiquem aquecidos...  
...se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito...  
...segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada... da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar... 
fique perto dêles...assim como...  
 ...eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você... torcendo por você...
e vivendo "POR VOCÊ"


Enviada via email por Larissa Belo