Ouvi de uma amiga um dia desses
"Você é muito fria, não esquenta com nada, parece que esquece fácil, veja
bem, ou você é boa demais, ou é boba", lamentei não está com papel e
caneta nas mãos, porque confesso que me dou bem melhor com as palavras escritas
do que com elas ditas, mas isso é outra história, me reservei a dizer que não
era nem uma coisa, nem outra, só não guardava rancor, minha amiga parece que
se contentou com a resposta, mas acho que esta foi simplória demais... Eu não
sou boa demais, nem boba, sou boa o suficiente pra me sentir bem e boba o
suficiente pra ser feliz!
Colocar a máscara de forte é
fácil, difícil é aguentar a pressão!
Forte não é ser arrogante,
antipática, prepotente, orgulhosa se achar melhor do que os outros e tratar as
pessoas com soberba! Se isso é ser forte, sou fraca na minha delicadeza,
compreensão, atitudes, compenetração, Vida, alegria... sou mais ser leve como
uma brisa, que forte como um tufão!
Eu sempre me coloquei a
disposição para entender o outro lado, isso melhorou com o jornalismo, não sou
de defender bandido, não é o caso, sou de procurar suas razões, por piores que elas sejam! A arrogância
faz as pessoas se acharem sempre melhor que os demais e isso cria um bloqueio,
o da compreensão, por maiores que sejam os motivos, e por mais que os motivos
não me favoreça, eu não sou melhor que ninguém e também erro, assim como
o outro também erra, e o outro, e outro...
Não guardo rancor mesmo, sempre
foi assim, como fiquei assim? Não sei! Ja tive desilusões amorosa, ja me
sacanearam pra caramba, já me bateram psicologicamente e fisicamente, já
quebrei a cara várias vezes com as pessoas e amigos próximos, mas não consigo odiar ninguém. Não
acho que vale a pena, sentimentos ruins fere principalmente quem os sente, e
isso eu tiro pra vida. Mas não sou boba, uma coisa é perdoar, outra coisa é
esquecer, dificilmente uma pessoa me atinge duas vezes, eu não permito, mas não
com arrogância, só não me permito entregar a mão por inteiro, de novo.
Por inteira eu só me entrego a
quem merece, até o dia que merecer. Ódio eu não guardo, nem rancor, nem raiva,
mas não guardo também sentimentos a quem não os merece, minha amizade dou de
graça, é a única coisa de valor que tenho a oferecer, mas se alguém a perde,
ganha minha indiferença, e isso é o pior que tenho a oferecer!
Um comentário:
Lindo texto, Paula!
Ah, eu também "confesso que me dou bem melhor com as palavras escritas do que com elas ditas".
Bjs!
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